domingo, 12 de abril de 2009

PARA ONDE VAI O CONSUMO

A crise que se iniciou no mercado externo (EUA) e chegou
posterior ao Brasil nos mostrou que é possível prever alguns
movimentos da economia e utilizar mecanismos para conter os
danos causados pela crise econômica, nos mostra também que
o grande mercado interno é determinante para sustentar a
economia brasileira.
O governo federal sabe disto, pois lançou alguns programas
para incentivar o mercado interno, diminuiu alíquotas de
impostos, aumentou créditos para algumas áreas que geram
empregos, como as industrias automobilísticas, acelerando
os andamentos do chamado programa de aceleração do
crescimento e lançando outros como o programa habitacional
que injetará recursos de investimentos na construção civil.
Na região norte onde as rendas são menores e diretamente
ligadas aos programas assistenciais do governo federal e ao
salário mínimo que teve uma reposição maior que a inflação,
a crise não atinge tanto o poder de compra da população,
isto faz uma faixa de baixa renda continuar comprando e até
ampliando o consumo do essencial, mostrando que a crise pode
atingir regiões de diferente forma.
Pelo que pode ser visto o setor dos produtos essenciais cresceu
em 2008 e tem previsão de crescimento, demonstrando que o
brasileiro com crise não deixa de comprar o que é realmente
necessário para a saúde e alimentação, por outro lado corta
os gastos com outras despesas como alimentação fora de casa
e lazer.
Mesmo com o abalo das condições do mercado externo podemos
ter um ânimo ao saber que em uma péssima avaliação, a nossa
economia poder repetir o desempenho de 2008, que foi um dos
maiores crescimentos de todos os tempos.
Pude concluir que ao primeiro sinal de crise, a cautela é um
dos fatores determinante para o freio dos investimentos e do
consumo, o pior de tudo é a crise de confiança pois o brasileiro
ainda tem o desejo e a necessidade de consumir e investir.
A nossa população que é grande, também é na mesma proporção
consumista, mostra que uma das formas das empresas
ultrapassarem essa turbulência é identificar as novas
necessidades dos nossos consumidores e se adaptar a elas.


Fonte: Revista Exame, edição 940 ano 43 – nº6, pág. 23 a 30.

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